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Violência Obstétrica: o que é, como identificar e onde buscar ajuda

A verdade que quase ninguém conta sobre o parto no Brasil

Você sabia que muitas mulheres enfrentam abusos durante o parto sem nem saber que têm direito a reclamar? A violência obstétrica é uma realidade silenciosa que atinge milhares de brasileiras todos os anos — e o pior: é frequentemente normalizada como se fosse “parte do processo”.

Neste artigo, vamos educar, informar e empoderar mulheres para reconhecer sinais, proteger seus direitos e transformar essa realidade.


O que é violência obstétrica?

A violência obstétrica é qualquer ação ou omissão que cause sofrimento físico ou emocional à mulher durante a gestação, parto, pós-parto ou aborto. Ela pode vir de médicos, enfermeiros ou até mesmo da estrutura hospitalar.

Exemplos comuns incluem:

  • Comentários ofensivos ou humilhantes (“na hora de fazer não gritou!”)
  • Recusa de analgesia sem justificativa
  • Impedir a presença de acompanhante
  • Realizar procedimentos sem consentimento (como episiotomia ou toque excessivo)
  • Pressionar pela cesárea desnecessária
  • Não informar a mulher sobre o que está acontecendo com seu corpo

Por que essa violência é invisível?

Muitas vezes, as mulheres não reconhecem que passaram por violência obstétrica, pois foram ensinadas que “é assim mesmo”, que o parto é sofrido.
Mas não é normal sofrer humilhações ou dor desnecessária. E não é só questão de “mimimi”. É uma violação de direitos humanos e de direitos reprodutivos.

“O nascimento deve ser um momento de amor, não de medo.”

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“O nascimento de um filho é o milagre da vida se revelando diante dos nossos olhos — um momento sagrado que merece ser vivido com respeito, amor e dignidade.”

Dados alarmantes

Segundo a Fundação Perseu Abramo, 1 em cada 4 mulheres sofre violência obstétrica no Brasil.
Outras pesquisas, como esta do Ministério da Saúde ¹, mostram que os casos são subnotificados por vergonha ou falta de informação.

Esse é um problema de saúde pública que afeta a autoestima, a saúde mental e o vínculo com o bebê.


Como identificar se você sofreu violência obstétrica?

Fique atenta a sinais como:

✅ Sentir-se desrespeitada ou ridicularizada
✅ Não ter sido ouvida durante o parto
✅ Ter sofrido dor desnecessária por negligência
✅ Não ter recebido explicações sobre os procedimentos
✅ Ter sido impedida de tomar decisões sobre seu corpo

Se você respondeu “sim” a algum desses itens, é importante buscar apoio e registrar sua experiência.


Quais são seus direitos?

A mulher tem direito a:

  • Ser tratada com dignidade e respeito
  • Ter um acompanhante de sua escolha em todo o processo
  • Escolher o tipo de parto (quando possível)
  • Ser informada sobre todos os procedimentos
  • Não sofrer intervenções desnecessárias

Esses direitos estão garantidos por leis como a Lei do Acompanhante (Lei 11.108/2005) e pelas diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS).

🟢 Saiba mais no site oficial da OMS: https://www.who.int

Na seção de direitos e legislação:

A Lei nº 11.108/2005 assegura o direito ao acompanhante durante todo o processo de parto

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Onde denunciar a violência obstétrica?

Se você ou alguém que conhece passou por isso, é possível denunciar:

📍 Ouvidoria do SUS: 136 ou pelo site.
📍 Ministério Público
📍 Defensoria Pública
📍 Delegacia da Mulher
📍 Organizações de apoio a mulheres, como a Artemis.


Como se proteger?

🎯 Informe-se antes do parto. Leia, questione, converse com outras mulheres.
🎯 Tenha um plano de parto por escrito e entregue à equipe médica.
🎯 Escolha um local que respeite o parto humanizado.
🎯 Conte com uma doula ou uma rede de apoio.


Violência obstétrica é real – e precisa ser combatida

A dor da mulher não pode mais ser silenciada. Falar sobre violência obstétrica é um ato de coragem, mas também de transformação. Quanto mais mulheres souberem de seus direitos, menos abuso será tolerado.

Compartilhe este artigo com outras mulheres. A informação pode salvar partos – e vidas.

A violência obstétrica não deve ser um tabu, e sim um tema urgente de conversa

Ao reconhecer e denunciar essas práticas, ajudamos a construir um futuro mais humano, onde toda mulher possa viver o nascimento do seu filho com dignidade, respeito e amor. Se você passou por isso, saiba: você não está sozinha.

Busque apoio, compartilhe sua história e ajude outras mulheres a se fortalecerem também. O silêncio alimenta o abuso. A informação liberta. Vamos juntas transformar o parto em um ato de cuidado, e não de dor. Fale, escute, acolha. Respeito é o mínimo.


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